Um pouco da minha história

Bom, há muito tempo eu falei um pouco sobre a minha história, porém contei sobre quando comecei com a Ana, então agora vocês vão conhecer mais sobre mim.

A infância

Eu não me lembro quando foi a primeira vez que comecei a chorar durante as noites, só sei que desde muito nova eu sempre chorava antes de dormir. Não me sentia uma criança amada, muito pelo contrário, eu via a rejeição nos olhos da minha família, e isso foi desenvolvendo uma depressão.
Na escola eu sempre fiz de tudo para esconder, era aquela criança que se enturmava, arrumava briga com todos os meninos e eu adora ter a fama de marrentinha, fui ganhando uma faminha porque o meu irmão já era popular quando eu entrei para a escola, mas isso me irritava porque no começo eu era a "irmã de fulano".
Fiz amigas, que são minhas amigas até hoje, eramos unidas, mas elas nunca perceberam o que se passava dentro de mim, a confusão que eu era e o quanto me odiava.

Adolescência

Fui ficando cada vez mais depressiva, eu continuava chorando todos os dias, pedia para Deus levar a minha vida diariamente, eu não entendi o porque de estar viva, sempre fui um desastre em tudo que eu queria fazer, e isso me frustrava cada dia mais, cresci me achando incapaz. E o mais incrível é que as pessoas a minha volta, também nunca demonstraram que acreditavam em mim. Minha familia sempre debochou de mim (até hoje isso acontece), rindo de quando eu contava o que queria ser, fazer e etc.
Fui me tornando insegura, me achava feia o tempo todo, odiava cada parte do meu corpo e queria sumir.

Aos 16 anos, resolvi me aventurar e tentar gostar de alguém que sempre gostou de mim. Porém, a depressão, o medo de envolver uma pessoa que eu amava tanto na bagunça da minha vida, esse medo falou mais alto, e eu literalmente fugi. Poucos tempo depois uma das minhas melhores amigas faleceu, e tive que começar a tomar remédios controlados para lidar com tanta dor.

Eu sempre fui a magrinha da família, ao contrário das outras mulheres, ou seja, sempre tinha uma que falava que eu ia explodir, que a minha hora ia chegar e que eu ia engordar igual a todas elas. E por conta da ansiedade, comecei a comer muito e por consequência comecei a engordar, e foi quando a Ana chegou, como uma amiga que eu nunca tive, me oferecendo um novo mundo, e eu cai nele.

Fui ficando cada vez mais magra, até que cheguei aos 34kg e sabe o que foi o melhor? A minha família não percebeu, não se importou com a minha magreza extrema. E isso doía muito mais do que ficar dias sem comer, porque foi ai que eu percebi que pelo menos para eles, eu não valia nada.

Então, me formei no ensino médio, comerei a fazer um curso que amava, e comecei em um trabalho, a vontade de me matar não sumia, eu passava 90% do tempo imaginando tipos de suicídios. Nesse trabalho, passei por bullying, e outras coisas, o que aumentou minha depre e foi quando eu tentei me matar. Algumas Anas daqui, que tinham contato comigo na época, foram avisadas por mim na mesma hora, que eu estava desistindo. E eu falhei, e me arrependo, porque Deus deu o seu filho por mim, e eu não tinha esse direito.

Enfim, foi depois disso que me afastei da Ana e engordei 7kg, passei por muitos outros perrengues, vi minha mãe tentar se suicidar e cuidei das feridas dela. Passei por assédios sexuais, sendo um, bem grave.

Só que agora, depois de tudo, eu tendo agradecer há Deus todos os dias por eu estar viva, ainda não entendo o que Ele tem para mim, mais sem que é algo grandioso, se não, eu não estaria mais nesse mundo. Agora, eu tento ajudar as pessoas o máximo que posso.

E quero falar para vocês que existe um Deus, que olha por nós, que sabe todas as nossas dores, e esse Deus, não nos desampara, e sabe porque? Porque tudo isso que passamos, Ele nos permite para podermos aprender algo com isso, podemos não enxergar agora, mas um dia todos iram ver e se sentiram gratos, e entenderam o seu propósito.

Bem, ainda não contei tudo por medo de dar muitos detalhes. Isso foi mais ou menos o que passei e estou superando a cada dia. Compartilhem comigo a história de vocês! Beijos e até a próxima.